terça-feira, 27 de outubro de 2020

Te observo

Gosto de te ver trabalhar. Fico apreciando de longe, olhos atentos ao texto, esse rosto redondo revestido dos cabelos um pouco desgrenhados com aquela mexa que teima em cair na testa, dos óculos de aros leves, você quase disfarça não perceber minha presença, mais existe algo que deixa claro saber que estou ali e que te quero.

Hoje é um daqueles dias que você acorda com mais calor e, seu espírito livre, o permite sentar-se nu e trabalhar com toda a responsabilidade que um bom menino impõe a tudo aquilo que faz. Adoro olhar essa cena enquanto aprecio minha xícara de café fresco, a sua capacidade de ficar à vontade e mesmo assim deixar claro a importância do que está fazendo. É quase paradoxal, me excita.

Continuo dando goladas em meu café, é bom sentir o calor da xícara, a abraço com as duas mãos enquanto vejo seu sexo rijo, parecendo não querer levar a sério o que seus olhos leem na tela com tanta deferência. É bom ficar namorando-o de longe, ele é bonito de se ver, gosto de apreciá-lo sedento de mim.

Adoro essa mesa, ela é vasada, sem nenhum obstáculo que me impeça de colocar-me ali embaixo sem atrapalha-lo. Chego com a quietude de uma gata. Você continua atento à tela, semblante quase sisudo de quem não pode parar o que está fazendo. Mas chega a cadeira levemente para trás para que eu possa me acomodar e, num gesto, parecendo involuntário, abre um pouco mais as pernas, porém, continua responsável.

Engatinho pra baixo da mesa, com toda cautela para não distraí-lo, me posiciono ajoelhada em frente ao teu sexo que, agora, já posso ver estar melado. O seguro com carinho, adoro aquela primeira gota que anuncia o tamanho do seu tesão. Minha língua envolve a cabeça do seu pau, brinco um pouco com meu objeto de desejo, o seguro com as duas mãos, o aperto, levanto os olhos para apreciar sua carinha que, nesse instante, já não consegue esconder a vontade de escorregar pela cadeira e se encontrar comigo. Mas existe prazo de entrega, há muito ainda a se fazer, você resiste.

Eu volto a brincar. Passo a língua na cabecinha, cheiro, beijo, mas eu também não aguento, minha boca o quer, muito, todo... Engulo seu pau grosso, gostoso, que eu acho lindo. Sinto-o na minha garganta. Sugo-o ora com carinho, ora com fome. Percebo o momento que você se larga na cadeira e não consegue mais conter o gemido, é hora de chupá-lo com todo o tesão que estou sentindo. Você não diz nada, seu apetite continua disfarçado na falta de atenção, parecer conter-se me excita e você sabe disso. O momento está quase chegando. O que o seu silêncio dissimula, grita no corpo lutando pra permanecer sentado diante da seriedade exigida. Você goza, um gozo longo que enche minha boca. te bebo por inteiro, não deixo que escorra uma gota. Gosto da minha boca cheia de você.

Te limpo todinho, você precisa continuar trabalhando. Saio debaixo da mesa com o mesmo cuidado que entrei. Dou três passos e, volto repentinamente, pego no teu rosto sério com minhas duas mãos, o volto pra mim e beijo sua boca, um beijo com gosto seu, rapidamente te largo e volto pra minha xícara de café, agora, já fria, enquanto você se recompõe.

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